O coronavirus está matando muito mais jovens nos países em desenvolvimento [espanhol; «El coronavirus está matando a muchos más jóvenes en los países en vías de desarrollo»]
Atualmente o COVID-19 está se espalhando pelos países em desenvolvimento, e assim mudando o perfil de vítimas pela doença. Ao contrário do que foi visto nos países mais desenvolvidos, o vírus está matando mais jovens do que a população mais velha nos países em desenvolvimento, fazendo necessária uma nova perspectiva sobre a doença. No Brasil, 15% das mortes são de pessoas com menos de 50 anos, o que é mais de 10 vezes o número do mesmo grupo na Itália ou Espanha. No México, 1/4 das mortes são de pessoas entre 25 e 49 anos. Na Índia, quase metade das mortes esse mês foram de pessoas com menos de 60 anos.
Medellin na Colômbia surge como pioneira surpresa do COVID-19 [inglês; «Colombia’s Medellin Emerges as Surprise COVID-19 Pioneer»]
Em Medellín, na Colômbia, só quatro mortes foram confirmadas causadas pelo COVID-19, um número surpreendente para uma cidade com 2.5 milhões de habitantes. Esse número baixo é o resultado de uma preparação antecipada pelo governo, assim como o uso de um aplicativo digital para traçar dados sobre o vírus e seu controle. Apesar de preocupações com privacidade no aplicativo, 1.3 milhões de famílias da cidade e seus arredores voluntariamente se inscreveram no app, contribuindo com a eficácia do app no controle da doença.
EUA retiram aprovação de emergência para o uso de cloroquina [português]
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos que é equivalente à Anvisa no Brasil, revogou sua autorização emergencial para o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, citando não haver comprovação de seus benefícios e sua eficiência no tratamento do COVID-19. No Brasil, as medicações ainda são recomendadas pelo Ministério da Saúde, e seu uso é publicamente apoiado pelo Presidente Bolsonaro, causa de tensão que levou à saída de Nelson Taich como Ministro da Saúde. A decisão pela FDA foi divulgada duas semanas após os EUA enviar ao Brasil uma doação de duas milhões de doses de hidrocloroquina para o combate contra o COVID-19.
Avançando o sinal vermelho: A reabertura do México [inglês; «Running a red light: Mexico’s reopening»]
O México iniciou sua transição para reabrir o país, mas esse movimento pode ser antecipado quando considerados os números sobre o COVID-19 no país. O artigo descreve que o México irá se juntar à Índia e outros países ao adotar um princípio político para a pandemia bem peculiar: uma política que escolhe combater a quarentena já que não é possível combater o vírus.
A pandemia ameaça deixar 16 milhões de latino americanos em pobreza extrema [espanhol; «La pandemia amenaza con dejar a otros 16 millones de latinoamericanos en la pobreza extremas»]
O FAO e Cepal divulgaram um aviso sobre o possível cenário no Caribe e América Latina com o avanço do vírus nas regiões. Com o efeito da crise sanitária, o crescimento do número de desempregados, o acesso limitado à comida fresca, e o aumento de preços nos mercados, milhões de pessoas estão optando por comprar alimentação mais barata e de menor valor nutricional. As agências sugerem que os governos se mobilizem para disponibilizar uma ajuda financeira de cerca de $47 dólares por pessoa para garantir que as famílias tenham o suficiente para pagar alimentação.
Pandemia faz acelerar rejeição à globalização [português]
O FMI projeta uma queda de 11% no mercado global do comércio este ano, sem nenhuma perspectiva de recuperação em 2021. Em uma projeção ainda mais pessimista, a OMC projeta uma queda de 13% no mercado. O primeiro indicador da crise econômica global foi a disseminação do COVID-19 na China, considerada uma «fábrica global», incluindo Wuhan, a cidade identificada com a disseminação inicial do vírus. Wuhan é a sede da produção chinesa de automóveis e aço, além de abrigar várias empresas multinacionais. Embora ainda seja cedo para fazer previsões precisas, especialistas concordam que o impacto da pandemia no mercado global será significativo.